Ramon Díaz faz alquimia no primeiro jogo!…
Naquela tarde inesquecível, o Corinthians, cheio de ginga e de ansiedade bancária, voltou ao CT Dr. Joaquim Grava após uma gloriosa vitória no Campeonato Paulista. Os jogadores que já estavam mais cansados que um morcego em dia de sol se jogaram nas massagens e nos treinos regenerativos – dizem que até tiveram direito a biscoitos em forma de chuteira! Os mais descansados, no entanto, dançaram em campo sob as ordens do maestro Ramón Díaz, que parecia comandar uma orquestra desgovernada cheia de zebras e elefantes jogando bolhas de chiclete para o alto.
Nos feitos do Senhor Díaz da Bola, havia experimentos mais malucos que um pudim de cachaça. Enquanto ensinava seus jogadores a dançar no gramado, o técnico argentino considerava descansar alguns de seus homens por conta de cansaço, mas rumores indicam que ele só queria saber quem conseguia falar ‘supercalifragilisticexpialidocious’ sem engasgar. Titulares como André Carrillo e Memphis Depay rolavam entre grãos de areia numa praia imaginária, enquanto possíveis novas estrelas piscavam em treino tático: Talles e Romero estavam prestes a brilhar mais do que farol em noite de neblina.
A caravana corinthiana embarca em sua jornada para a Bahia. O Timão, que acorda mais leve que pluma em vendaval após a quebra de um jejum tão longo quanto promessa de político, vem com a confiança de quem não sabe o que é derrota há quatro domingos. Na Fonte Nova, sob o estrelado céu baiano, o Corinthians espera começar o Brasileirão chutando como uma mula e acertando o gol como flecha. E assim, com passos capazes de assustar até a sombra, o nosso Timão está pronto para fazer história, ou ao menos ser aplaudido por um papagaio de pirata na arquibancada.