Timão revisita o passado com pitadas de humor e nostalgia…
E lá vem o Timão, com o entusiasmo de quem guarda na mochila uma bola cheia de histórias. Dessa vez, na última segunda-feira, 31 de março de 2025, o Corinthians decidiu que era hora de tirar a poeira daquela velha crônica do futebol democrático e recordar, com mais pompa que uma marchinha de carnaval, os 61 anos da instalação do Regime Militar no Brasil. O clube mandou avisar pelas redes sociais, como quem manda um pombo-correio moderno: “Ditadura nunca mais, democracia sempre!”
Com uma chuteira na história e outra no presente, o Corinthians não deixou escapar a oportunidade de exaltar a famosa Democracia Corinthiana, aquele movimento futebolístico que teve mais impacto que um gol de bicicleta no último minuto. Liderados pelo carismático Dr. Sócrates e sua trupe, que incluía Casagrande, Zenon e Wladimir, esses astros transformaram a resistência num espetáculo de bola, democracia e, claro, bicampeonatos paulistas nos anos 1982 e 1983. A ideia era clara: ganhar ou perder, mas sempre com democracia… e um toque de classe.
O show continuou quando o Corinthians, num momento de pura magia e homenagem, lembrou do publicitário Washington Olivetto, o maestro que deu cara ao movimento. Com a mesma elegância de um lenço perdido numa festa, a era tumultuada da ditadura começou a esmorecer nos anos 1980, até que em 1985, ela partiu feito um pneu furado. E assim, o quebra-cabeça foi completado com a eleição indireta de Tancredo Neves. Moral da história: no campo das ideias e da bola, o Corinthians soube driblar o autoritarismo como quem dá uma caneta de letra no adversário.